domingo, janeiro 07, 2007

Que tudo desvaneça,
De vez e para sempre…
Seja aqui, seja nos restos que te deixei
Restos de mim
Que deixei ao acaso por ai…
Agora caminho sozinha
Caio e obrigo-me a reerguer
Sem vontade…
Tudo é estranhamente calmo
Paralisa o resto…o frio
Sem alento, fico assim
Perto da linha da insanidade
Pois já nem para as pedras existe luar
Não as vês??
Choram as pobres….
Caminhas sem nelas reparar…
E o banco da praça?
Há tempo que não passas por lá,
Sozinho se encontra
Somente com os leves beijos do mar
Ali tão perto….
O aroma que tantas vezes o vento sentiu
Não o reconhece mais,
Deixaste de o usar…
Triste anda em busca de outro!
Somente a lua tem alegria,
Ainda te vê…
Sorridente como sempre
Que inveja tenho
Ela que te pode ver,
Ela em que reparas todas as noites,
Aquela que te pode acompanhar,
Sentir o teu cheiro….
Reconheço a maldade
Mas de que servia não dizer?
Anos infindáveis
E ainda sinto teu odor
Eu própria luto por manter o mesmo
Quem sabe se um dia numa esquina
Não o irás reconhecer?
O batom sempre discreto,
Como gostavas…
O cabelo arranjado,
Sem grande vaidade,
Tal como desejavas…
E permaneço aqui…
À espera!!