domingo, julho 20, 2008


"No teu poema

Existe um verso em branco e sem medida

Um corpo que respira, um céu aberto

Janela debruçada para a vida

No teu poema existe a dor calada lá no fundo

O passo da coragem em casa escura

E, aberta, uma varanda para o mundo.

Existe a noite

O riso e a voz refeita à luz do dia

A festa da senhora da agonia

E o cansaço

Do corpo que adormece em cama fria.

Existe um rioA sina de quem nasce fraco ou forte

O risco, a raiva e a luta de quem cai

Ou que resiste

Que vence ou adormece antes da morte.

No teu poema

Existe o grito e o eco da metralha

A dor que sei de cor mas não recito

E os sonhos inquietos de quem falha.

No teu poema

Existe um cantochão alentejano

A rua e o pregão de uma varina

E um barco assoprado a todo o pano

Existe um rioA sina de quem nasce fraco ou forte

O risco, a raiva e a luta de quem cai

Ou que resiste

Que vence ou adormece antes da morte.

No teu poema

Existe a esperança acesa atrás do muro

Existe tudo o mais que ainda escapa

E um verso em branco à espera de futuro"
Música de Carlos do Carmo

(quando me falta a inspiração, nada como reler um dos muitos belos poemas passados em música que existem...Aqui fica um que me faz estremeçer só de ouvir, que me faz sorrir e chorar. Um onde me revejo tantas vezes...)

3 Comentários:

Blogger Sandra Daniela disse...

Olá!!! Cheguei aqui através do blog da Teia de Ariana, e fiquei encantada!!! Adoro este poema, cantado pela voz da Dulce Pontes e gosto imenso... e depois gostas de musica que também gosto: David Bisbal!!!

P.S.: E isto não é graxa!!! é verdade!!! eheheheh

21 julho, 2008 22:11  
Blogger Sandra Daniela disse...

Olá! vim espreitar a ver se havia algo de novo...


Bom fim de semana

26 julho, 2008 21:53  
Blogger Obscure Dream disse...

poema bonito mesmo =D
gostei do teu blog *

29 julho, 2008 16:54  

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